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Postado em 19 de dezembro de 2018 | 18:08

Redução no superávit de açúcar cria perspectiva favorável ao setor, diz Rabobank

A queda no superávit global de açúcar causa otimismo para o futuro do setor, de acordo com o banco de investimentos Rabobank. Desde outubro, safras importantes de açúcar como Índia, Tailândia e União Europeia vêm sendo revisadas para baixo e, com isso, a nova projeção do banco é de superávit global de apenas 500 mil toneladas, uma revisão para baixo expressiva ante a de 4,5 milhões de toneladas feita no terceiro trimestre deste ano pelo banco.

O bom sentimento é reforçado pelas previsões de que a safra internacional de 2019/20 terá déficit – embora a safra ainda esteja distante.

O relatório do banco afirma que, há alguns meses, havia o temor de a Índia conseguir exportar 4 milhões de toneladas de açúcar ou mais, e perguntava-se se isso causaria um excesso de oferta. Agora, no entanto, a questão é se haverá exportação suficiente para suprir a demanda por importação, mesmo caso a Índia alcance essa meta.

Um elemento fundamental para definir o preço do açúcar, segundo o Rabobank, é o valor do barril de petróleo, que influencia a gasolina e, consequentemente, o etanol do Brasil. Caso o brent fique com preço médio de US$ 60/barril em 2019, o banco estima que expectativas para os futuros de açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) devam ficar em torno de 14 centavos de dólar por libra-peso, para estimular o Centro-Sul brasileiro a produzir açúcar em vez de etanol – considerando que o dólar fique no nível de R$ 3,80.

O nível mínimo para o preço do açúcar nos próximos meses, na estimativa do Rabobank, fica entre 11,50 centavos de dólar e 12 centavos de dólar por libra-peso. Qualquer preço abaixo desse nível desestimularia, ao menos temporariamente, as exportações indianas.

Fonte: Estadão Conteúdo


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