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Postado em 12 de abril de 2020 | 16:13

Redução de apetite chinês pela soja brasileira é natural, diz analista

A China anunciou que vai aumentar as compras de soja dos Estados Unidos por segurança.Em entrevista para um jornal chinês, o diretor do ministério da agricultura da China afirmou que o país está se preparando para lidar com o avanço do novo coronavírus no Brasil e o risco de outras duas epidemias no país: a gripe comum e a dengue.

Para o analista de mercado da consultoria Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, não existe risco de a China diminuir as compras da soja brasileira por estes motivos, isso porque o preço do grão aqui no Brasil é mais competitivo do que o que é praticado nos Estados Unidos.

“A gente tem que ter cuidado com essa notícia, pois ela vem de um veículo chinês e pode ser que estejam tratando de forma um pouco oportunista. Ela veio logo depois de um desentendimento do Brasil com o governo Chinês e alguns veículos acabam tratando como se fosse uma retaliação. Mas não tem nada disso, pois a diminuição de compra de soja brasileira pelo governo da China já era esperada desde a conclusão da fase 1 do acordo comercial dos chineses com os norte-americanos”, disse.

Segundo ele, essa diminuição já estava calculada. “A expectativa é que, com o acordo comercial, a China vai comprar de 35 a 40 milhões de toneladas de soja norte-americana. É algo natural, com o mercado se reequilibrando, com a China comprando soja brasileira no primeiro semestre e dos EUA no segundo semestre.”

De qualquer maneira, na opinião de Gutierrez, os chineses aproveitam o momento político para pressionar o preço da soja brasileira. “Eles fazem esse movimento e funciona como uma estratégia, mas o Brasil não vai deixar de exportar soja para China e não há nenhum motivo para pânico”, concluiu.

Fonte: Canal Rural


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