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Postado em 9 de março de 2021 | 19:17

Logtech lança plataforma no modelo de armazenagem On-Demand

Com rede de fornecedores cadastrados e proposta de flexibilizar operações logísticas, Stokki foca na armazenagem on-demand. A transformação digital do mercado, acelerada ainda mais em função da pandemia, trouxe a necessidade de modernizar e modificar diversos setores que ainda apresentavam baixo grau de inovação no Brasil. E esse era o caso do setor de armazenagem.

Embora diversos armazéns utilizem tecnologia de ponta para gerir a sua operação interna, para as empresas que contratam seus serviços, ainda existem diversos fatores que parecem não acompanhar a evolução exigida pelo mercado, tais como: informações pulverizadas, contratos longos, mínimos exigidos, operações engessadas, sistemas de gestão desconexos, grande dificuldade em encontrar novos fornecedores e em comparar preços.

Além disso, a pandemia exigiu transformações rápidas nas operações, devido às drásticas mudanças sociais e às consequentes mudanças no comportamento de compra da população, com o aumento das vendas online, das entregas fracionadas e a diminuição na previsibilidade de demanda.

Como o modelo de armazenagem on-demand pode dinamizar o mercado?

O conceito de armazenagem on-demand, implementado pela startup Stokki, quer dinamizar o mercado e trazer escalabilidade e flexibilidade nas operações logísticas, permitindo que as empresas possam lidar melhor com as flutuações do mercado e as mudanças no comportamento de compra do consumidor, além de integrar todo o fluxo de informações da cadeia logística, mesmo trabalhando com uma rede formada por diferentes fornecedores.

“A ideia é trabalhar com o espaço ocioso dos operadores logísticos e proprietários de armazéns e, assim, conseguir capitalizar e fazer uso produtivo de sua capacidade excedente, com contratos flexíveis, sem mínimos exigidos, aliados a preços competitivos.” – Edison Kwecko, CEO da Stokki.

Desse modo, o modelo de armazenamento sob demanda possibilita que as empresas possam planejar estratégias de curto prazo para operações spot, trabalhar melhor os picos de sazonalidade, implementar com mais agilidade seus planos de contingência, além de testar novos mercados e produtos a um risco mais baixo.
Outro grande benefício é reduzir o tempo de entrega e os custos com frete ao trabalhar com uma rede de distribuição mais pulverizada, mais estratégica, mas sem perder tempo integrando diversos sistemas e informações, já que a gestão da rede é toda integrada pelo software da startup.

Ainda segundo Kwecko, uma das intenções de implementar esse modelo no Brasil é justamente poder atender às necessidades das empresas face ao crescimento do e-commerce no país e ao aumento da exigência dos consumidores em relação aos prazos de entrega e aos valores de frete.

“Nosso modelo de negócio permite às empresas posicionarem seus estoques de forma mais estratégica e descentralizada, próxima de seus maiores pontos de consumo, reduzindo, assim, custos com transportadora e encurtando a última milha”.

Mais um ponto positivo sobre o modelo de armazenagem sob demanda é que, graças à flexibilidade de contratos, ele permite que as empresas lidem melhor com as mudanças do mercado, possibilitando um planejamento estratégico mais dinâmico, de curto prazo e em pequenos volumes.

“As empresas poderão lidar melhor com situações inesperadas e traçar diferentes estratégias devido à flexibilidade que o modelo proporciona.” – Andrea Nemoto, CMO e co-fundadora da Stokki.

O futuro do mercado de armazenagem e a descentralização da cadeia de suprimentos

Segundo pesquisa realizada pela GMC, as principais mudanças nas áreas operacionais de logística nos próximos anos deverão estar ligadas à omnicanalidade, descentralização de centros de distribuição, gestão preditiva de transportes e estoques e personalização de serviços e produtos.

A omnicanalidade, que já é uma realidade para as grandes redes de varejo, apresenta um desafio e uma complexidade ainda maior no planejamento logístico, principalmente em relação à gestão de estoque e distribuição: tanto em quantidade, quanto em posicionamento.
Em um ambiente que oferece tantas possibilidades, mudanças se tornam constantes quando se trata de previsão de demanda, já que permite ao consumidor escolher dentre vários canais a forma mais conveniente de comprar e receber o produto.

Em 2021, 49% dos consumidores afirmaram que pretendem mesclar suas compras entre ambientes online e lojas físicas e 52% esperam poder continuar comprando por canais alternativos, segundo dados revelados por pesquisa realizada pela Social Miner, em parceria com a Opinion Box.
Isso tudo só reforça a necessidade de flexibilização e rápida escalabilidade nas operações logísticas, trazidas pelo conceito on-demand aplicado pela Stokki. Esse modelo de operação possibilita a alocação rápida de estoque em diversos pontos estratégicos, com gestão integrada das informações de inventário, pedidos e total visibilidade da cadeia logística, aliando facilidade, rapidez e inteligência aos processos.

 

Próximos passos

A startup Stokki, que nasceu em 2019, com a missão de democratizar e descomplicar a logística para empresas de todos os tipos e tamanhos, já validou o seu MVP e passou o ano de 2020 desenvolvendo o seu novo SaaS, que integra as informações de toda a operação logística da sua rede. Evoluiu de um marketplace de busca e contratação de fornecedores, para um SaaS Enabled Marketplace, que alia a facilidade desse modelo a um software de gestão de pedidos e inventário.

Em sua rede possui desde smart lockers e self storages, para operações mais simples, até operadores logísticos 3PL e 4PL, com diversas filiais no Brasil, especializados em diversos tipos e tamanhos de carga.
Os planos da Stokki para 2021 são de captar recursos para poder investir ainda mais no desenvolvimento do seu software de gestão e inteligência, ampliar a sua rede de fornecedores, além de aumentar seus esforços nas áreas de marketing e vendas.

 

Fonte: Mundo Logística

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