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Postado em 2 de junho de 2019 | 17:02

Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura quer ampliar os investimentos em modais nos próximos quatro anos

Há 10 anos em funcionamento, a Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi) retomará os trabalhos nesta legislatura com uma missão importante: destravar o caminho para que o Brasil avance rumo à competitividade. A Frente foi relançada com um programa de logística que contempla sete câmaras temáticas: ferroviária; rodoviária; portuária e de armazenagem; dutoviária, aeroportuária; hidroviária; e energia elétrica.

O grupo de trabalho terá nos próximos quatro anos a tarefa de traçar estratégias para o desenvolvimento do país por meio de cada um desses modais. O objetivo é buscar soluções que tragam mais competitividade e contribuam para o desenvolvimento nacional, com ações de curto, médio e longo prazo. Segundo o presidente da Frenlogi, senador Wellington Fagundes (PL-MT), o Brasil tem mais de 30 mil quilômetros de vias ferroviárias no país, sendo que apenas 12 mil são explorados.

O senador garante que ainda há o que explorar no Brasil e não apenas no setor ferroviário, mas também na área marítima, na construção de estradas, que dependem de novos investimentos. “A Frenlogi se une a todas as outras correntes que querem melhorar a infraestrutura no Brasil. A logística é fundamental para que a gente tenha mais competitividade. Para isso, precisamos ter força de organização e agregação. Por isso, unimos senadores e deputados federais, junto com a CNT, junto com o IBL, para que, somando inteligência, trabalho e esforço, possamos fazer as transformações legislativas e, principalmente, buscar os investimentos que vão gerar emprego e riqueza no país”, afirmou.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, ressaltou que terá na Frente Parlamentar um grande aliado para a aprovação de propostas importantes do Executivo. Entre elas a que busca modernizar e aperfeiçoar o licenciamento ambiental e a da nova Lei de Licitações. “[A Frente é] importante porque permite diálogo do Executivo com o Parlamento, canal direto vocacionado para logística, infraestrutura, muito importante para nós, porque vamos criar muitas soluções que demandam medidas legislativas e esse canal é fundamental para dar celeridade”, ponderou o ministro.

Parceria

Senadores e deputados terão como um dos principais parceiros o Instituto Brasil Logística (IBL), para fazer estudos, trabalhar com experiência de outros países, além de buscar tecnologia para que os investimentos voltados à infraestrutura cheguem ao Brasil. O IBL ajudará a alavancar recursos para programas e projetos que promovam a atividade de infraestrutura, além de prestar assessoramento técnico para o setor e os poderes Legislativo e Executivo.

O presidente do IBL, Clythio van Buggenhout, citou a demora na liberação dos contêineres que chegam com cargas no Brasil. Segundo ele, no porto de Singapura, 85% dos contêineres são liberados em 24 horas e os outros 15% em, no máximo, 48 horas. Já no Brasil, essa espera pode levar até uma semana.

“Existe arcabouço legal, regulatório, fiscal, que tem que ser facilitado, além dos investimentos em infraestrutura. O IBL visa instruir o Legislativo com as prioridades, necessidades, trazendo a visão dos operadores e investidores para que a gente consiga pautar as prioridades mais eficazes”, justificou.

A cerimônia de relançamento da Frente ocorreu na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília. O presidente da entidade, Vander Costa, afirmou que os objetivos da CNT são convergentes com o da Frenlogi e que os esforços serão para criar condições para que o Brasil receba os investimentos esperados no setor de transporte.

“Esse é um momento no qual temos a oportunidade de avançar, gerar emprego e renda e crescimento rápido”, ressaltou.

Um dos maiores desafios a serem enfrentados pela Frente Parlamentar são as obras inacabadas em todo o país. Segundo pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), 4.669 obras que integravam o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estavam paralisadas em junho de 2018. O levantamento aponta ainda, que desse total de obras paradas, 1.709 são de unidades básicas de saúde (UBS) e 969 de creches e pré-escolas.

Fonte: Agência do Rádio


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