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Postado em 24 de março de 2019 | 15:54

Fiemt condiciona apoio ao pleito da Rumo se traçado de ferrovia chegar até Cuiabá

Os empresários da indústria só vão apoiar a exigência da Rumo Logística pela antecipação da renovação da outorga sobre a ferrovia entre Rondonópolis até o Porto de Santos (SP), se a empresa se comprometer em realmente construir o modal até Cuiabá. A empresa que detém a concessão da ferrovia, a Rumo Logística, já tem pronto o estudo de viabilidade para a implantação do modal, mas exige a antecipação como contrapartida do governo federal para poder realizar o investimento de R$ 6,5 bilhões, sendo que o trecho até Cuiabá deverá custar R$ 2 bilhões.

“Sabemos que a duplicação da Malha Paulista é fundamental, não temos nenhum questionamento quanto a isso. Porém, entendemos que o apoio do setor produtivo mato-grossense a esse pleito só faz sentido se houver a garantia da chegada da ferrovia à Capital e também sua extensão ao norte do Estado”, pondera o presidente do Conselho

Para tentar antecipar a renovação da outorga, o Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá e a Fiemt vão se reunir com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, no começo de abril, para tentar buscar uma solução para a situação.

O tema ainda deverá se arrastar por mais um tempo, além dos 40 anos que já se arrastaram até aqui, isto porque os empresários dependem de autorizações imprescindíveis da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Sem essas autorizações, a Rumo não vai conseguir ter a antecipação da renovação da outorga como pleiteia, para administrar a ferrovia por mais 35 anos, e com isso não vai investir R$ 5 bilhões para duplicar a Malha Paulista, entre Rondonópolis e Porto de Santos, e sem essa duplicação, não será capaz de aumentar o potencial de transporte da ferrovia em Mato Grosso, passando os trilhos por Cuiabá, já que a atual capacidade da Malha não contempla o aumento significativo que representará chegar com a ferrovia até Sorriso.

Tecnicamente é inviável para a Rumo fazer investimentos tão volumosos neste momento, e correr o risco de perder a concessão em 10 anos, quando termina o atual contrato de concessão.

A discussão marcou a reunião realizada para tratar do assunto nesta quarta (20), na sede da Fiemt, em Cuiabá. O presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, Francisco Vuolo, lembra que a ferrovia em Cuiabá seria um modal indutor de desenvolvimento.

“A ferrovia não serve só para exportar, mas para trazer – ela gera empregos, impostos, traz desenvolvimento”, lembra. Ele destacou a importância do apoio declarado da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) ao traçado da ferrovia contemplando a capital, ainda que a produção de grãos não se concentre na região da baixada cuiabana.

Fonte: RD News


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