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Postado em 12 de maio de 2020 | 21:36

Embrapa e PeixeBR realizarão análises periódicas de exportações na piscicultura

A Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) e a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) começaram a elaborar uma análise periódica sobre o comércio exterior da piscicultura, com foco nas exportações do país. A cada trimestre, ela será divulgada com base nos números do Comex Stat, portal de dados ligado ao Ministério da Economia. O primeiro número está em formato de documento; as análises passarão a compor uma publicação da série Embrapa.

A primeira edição é referente ao trimestre de janeiro a março de 2020. Comparando-se o período com o mesmo do ano passado, as exportações brasileiras da piscicultura e de seus subprodutos cresceram tanto em quantidade como em valor. Neste ano, foram exportadas 1.635 toneladas de produtos, aumento de mais de 42% em relação ao ano passado. Esse movimento gerou U$ 3,2 milhões, valor mais de 67% maior que o das exportações do primeiro trimestre de 2019.

A tilápia, que é a espécie mais cultivada no país, continua sendo também a mais exportada. Mais de 83% do que o país exportou de janeiro a março deste ano foram desse peixe. Na sequência, vêm os curimatás (com mais de 11%) e o tambaqui (com mais de 2%). Em termos de estados, destacaram-se nas exportações de tilápias e seus derivados o Mato Grosso do Sul (com mais de 37% da quantidade total), Santa Catarina (com quase 25%) e o Paraná (que somou quase 21% do total exportado).

Esses e outros dados estão disponíveis no Informativo de Comércio Exterior da Piscicultura – trimestre 01/2020. A análise passa a ser uma atividade periódica do Centro de Inteligência e Mercado em Aquicultura (CIAqui), um dos resultados do projeto “Ações estruturantes e inovação para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura no Brasil”, o BRS Aqua. Esse é um projeto que envolve mais de 20 Unidades e cerca de 270 empregados da Embrapa. Conta com três fontes de financiamento: o Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Funtec / BNDES); a Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP / Mapa), recurso que está sendo executado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e a própria Embrapa.

Parceria – Quem está à frente do CIAqui é o pesquisador Manoel Pedroza, da Embrapa Pesca e Aquicultura, que atua na área de economia aquícola. Segundo ele, “o objetivo dessa nova parceria com a PeixeBR é analisar os dados de exportação e importação de produtos da piscicultura, disponibilizando informações para os agentes da cadeia produtiva acompanhar trimestralmente as evoluções deste mercado”. Ele segue dizendo que “atualmente, não existem no Brasil informações desta natureza focadas em produtos da piscicultura, havendo apenas algumas revistas técnicas que apresentam análises da balança comercial de pescado, sem desagregar os dados da pesca extrativa, aquicultura e seus segmentos (piscicultura, carcinicultura, ostras etc.)”.

Francisco Medeiros, presidente de PeixeBR, destaca o que o setor pode ter, em termos de benefício: “Como agora nós estamos com uma estratégia de exportação, é importante que tenhamos uma ferramenta de consulta regular para o produtor e a empresa (quem exporta é a indústria) com relação ao mercado internacional, para que eles possam se programar e verificar as possibilidades. Esse é o objetivo. Nós não tínhamos até então um documento com essa regularidade. Então, isso ajuda na tomada de decisão. Com o atual valor do dólar e o mercado comprando peixe de boa qualidade, as oportunidades são muito boas”.

Manoel concorda com essa visão, afirmando que “é importante ressaltar a relevância destas informações, considerando o interesse crescente das empresas brasileiras em exportar produtos da piscicultura, tendo em vista o aumento da produção e as dificuldades em escoar todos os produtos no mercado nacional. Além disso, a valorização do dólar frente ao real ao longo dos dois últimos anos tem tornado as exportações mais atrativas do ponto de vista financeiro”.

 

Fonte: Agrolink


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