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Postado em 2 de maio de 2019 | 18:18

Companhia Docas vai identificar áreas para expansão do Porto de Santos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pretende começar a planejar, hoje, o Porto de Santos para daqui a 20 ou 40 anos. Isso inclui localizar áreas para novos terminais. O diretor-presidente da empresa, Casemiro Tércio Carvalho, apresentou esse e outros projetos nesta terça-feira (30), durante a primeira edição do Encontro Porto e Mar – Seminário A Tribuna para o Desenvolvimento do Porto de Santos, realizado pelo Grupo Tribuna, em Santos.

“Não vamos esperar a reação do mercado, como sempre aconteceu. [A Codesp] não pode ser passiva no planejamento. Vamos olhar o Dique do Furadinho [às margens do Canal de Piaçaguera, em Cubatão], a continuidade da Rodovia Piaçaguera e a área de Bagres [ilha no canal do estuário] como desenvolvedores de infraestrutura. Qualquer porto que se preze já está olhando para daqui a 40 anos”, disse Tércio no evento, realizado no auditório do Grupo Tribuna e que reuniu autoridades, empresários, representantes de entidades de classe e sindicalistas portuários.

O diretor-presidente ressaltou a importância das concessões do Porto. Ele destacou os processos de arrendamento dos lotes STS13-A [na Ilha Barnabé, onde operava a Vopak] e do STS20 [em Outeirinhos], dos quais são esperadas outorgas que, somadas, podem superar R$ 335 milhões.

Também serão licitadas áreas no Cais do Saboó, os terminais 13 e 14, os do Grupo Libra e o terreno da Localfrio. Segundo Tércio, esses leilões serão uma tentativa de reordenar o Porto. “Transformaram o Porto em uma colcha de retalhos. Agora, estamos sofrendo para juntar esses pedacinhos [de terrenos em lotes]”.

Linha de ação

Casemiro Tércio explanou, por quase duas horas, sobre as linhas de ações que a nova diretoria da Codesp seguirá. O grupo assumiu o comando em março e voltará seus esforços em três pontos: olhar para dentro da empresa, para os clientes e o mercado e trabalhar na desestatização.

O diretor-presidente diz que, diferente de empresas privadas, a mão de obra na autoridade portuária é, em maioria, de concursados. Portanto, não dá para contratar quem quiser. É preciso pinçar talentos “escondidos” e trabalhar com a meritocracia. Ele quer ampliar a comunicação interna e aumentar a cobrança.

“Antes [a política] era passar a mão na cabeça. Queremos quebrar paradigmas e ser competitivos com outros portos do país”, apontou.

Tércio ainda pretende apresentar, no fim de junho, um balanço dos 100 dias da administração. “Somos transparentes”.

Fonte: A Tribuna


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