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Postado em 2 de outubro de 2019 | 17:59

Como avançar na agenda do Mercosul pauta debate na Fiesp

A reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp recebeu o ministro Michel Arslanian Neto, diretor do departamento de Mercosul e de Integração Regional do Ministério das Relações Exteriores, que falou sobre as principais pautas do órgão, com destaque para uma das principais agenda do novo governo, a modernização do Mercosul, a fim de promover maior integração com o mundo.

“Essa linha ficou muito evidente com a conclusão do acordo Mercosul e União Europeia (UE). Essa agenda de modernização contempla também a revisão da tarifa externa comum, que em 5 anos de existência nunca havia passado pelo processo de revisão. O projeto deve ser implementado no início de 2019. Além disso, a nossa meta é conseguir, ao final da presidência, reduzir a estrutura do Mercosul entre 20% e 30%”, explicou.

Ainda sobre a conclusão do acordo com a UE, o ministro avalia que essa conquista foi possível em razão do amadurecimento do mercado brasileiro, com maior participação do setor privado, identificando desafios e possibilidade de ganhos nas negociações. “O próprio contexto que vivemos de guerra comercial entre China e os Estados Unidos tendeu a valorizar a conclusão desse acordo”, avaliou, contando ainda que o órgão tem recebido sinalizações do mercado japonês de que até o próximo ano um acordo de livre comercio poderá ocorrer entre as duas nações e também um acordo automotivo com o Paraguai até o final deste ano.

“Isso tudo abre caminho para definição de uma política comum do Mercosul. Estamos avaliando como podemos avançar até a conclusão da nossa presidência. O governo tem enaltecido também o Mercosul como um ofertador de benefícios para a população, como compromisso na área de defesa do consumidor”, completou, observando ainda que a Índia tem sinalizado sobre a possibilidade de ampliação do acordo existente entre os dois países.

Outro destaque da agenda é a aproximação do Mercosul com a Aliança do Pacífico. “A nossa aproximação se dá com o objetivo de aproveitar o marketing que eles têm. Se fecharmos um acordo de facilitação de comercio com a Aliança do Pacífico, vamos faturar mais politicamente do que internamente no Mercosul”, observou.

Para Rubens Barbosa, presidente do Coscex, o acordo com a UE mostrou que se não houver melhora da competitividade da indústria brasileira, “não vamos conseguir aproveitar essa abertura que está sendo feita. Não adianta ter tarifa zero do outro lado senão temos preço, qualidade, tempo para exportar. Temos aí uma janela de oportunidade de dois a três anos até esse acordo entrar em vigência”, alertou.

Fonte: FIESP


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