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Postado em 18 de junho de 2020 | 18:37

Com o Brasil afogado em crise econômica, só a agricultura cresce

Em 2020, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, PIB deve cair 6%, embora com crescimento da agricultura de 2%.

agricultura foi o único setor que resistiu ao impacto da pandemia no Brasil, e deverá atenuar uma recessão recorde este ano, graças à soja e à pecuária, impulsionadas pelas exportações.

“Se tudo parar, eu posso viver, mas se o campo não produzir, nós pereceremos”, declarou esta semana o presidente Jair Bolsonaro, que promove a expansão da agropecuária na Amazônia e no cerrado.

O PIB brasileiro teve uma contração de 1,5% no primeiro trimestre em relação ao anterior, afetado pelos setores de indústria (-1,4%) e serviços (-1,6%), enquanto a agricultura cresceu 0,6%. Para 2020, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê uma contração do PIB de 6%, embora com um crescimento da agricultura de 2%.

Este resultado positivo “deve contribuir também para atenuar a queda da indústria, por meio do seu impacto sobre a produção de alimentos, segmento com maior peso na indústria de transformação brasileira”, assinala o instituto.

Exportações recorde

As exportações do agronegócio registraram um crescimento interanual de quase 8% nos primeiros cinco meses de 2020, sustentadas por uma desvalorização de cerca de 30% do real frente ao dólar. Atualmente, elas representam quase metade do faturamento externo do Brasil, frente a 42,7% no ano passado.

“Fora alguns pequenos problemas logísticos, o fluxo comercial do setor foi bastante preservado desde o começo da pandemia e o câmbio ajudou muito a reforçar nossa competitividade”, disse à AFP o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Eduardo Sampaio.

As exportações de soja e derivados atingem níveis históricos (com um aumento de 25,8% em relação ao período janeiro-maio de 2019), graças a uma produção recorde, capaz de atender à demanda crescente da China, principal parceiro comercial do Brasil, que absorve quase 63% de suas exportações do “complexo soja”.“A China comprou soja além do normal. Provavelmente se prepara em estoques para uma possível segunda fase da guerra comercial com os Estados-Unidos”, assinala Luiz Fernando Gutierrez, analista de Safras e Mercado.

 

Fonte: Exame


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