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Postado em 17 de fevereiro de 2019 | 14:38

Audiência na Câmara de Santos debate cava subaquática de Cubatão

A cava subaquática de Cubatão e seus possíveis impactos no meio ambiente foram debatidos na noite da última sexta-feira (15), em audiência pública na Câmara de Santos. Embora já tenha sido discutido, o tema veio à tona após o desastre de Brumadinho (MG), em que morreram 166 pessoas e 144 continuam desaparecidas.

Autoridades ambientais da região garantem que a cava é segura e apresenta um risco mínimo para o meio ambiente estuarino.

Em reportagem publicada na edição de A Tribuna do último dia 29 de janeiro, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que emitiu a licença ambiental da obra, descartou o risco de a cava se romper ou poluir o estuário com o material que recebeu, causando um desastre ambiental na região.

A cava subaquática foi construída pelo Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam) para depositar material dragado do Canal de Piaçaguera. Sedimentos contaminados por causa da atividade do polo industrial de Cubatão foram depositados ali.

Para a vereadora Telma de Souza (PT), que convocou a audiência, o objetivo dessa reunião era reunir movimentos ambientais, ter informações, traçar um planejamento e conscientizar a população sobre a questão. “Estamos juntando forças, juntando argumentos para construir uma logística”, disse Telma.

Segundo Telma, o Tiplam foi convidado, mas não compareceu. A sala de audiências ficou lotada. Movimentos ambientalistas levaram faixas contra a cava.

O professor universitário e consultor portuário Rafael Pedrosa afirma que o Porto de Santos deve crescer, mas de forma sustentável. “Isso não ocorre hoje, porque buscamos sempre as alternativas mais baratas”, diz.

O procurador da República em Santos, Antonio José Molina Daloia, lembra que, em 2017, o Ministério Público havia recomendado à Cetesb, com base em laudos, que a cava não fosse implantada.

Fonte: A Tribuna


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