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Postado em 22 de maio de 2019 | 18:34

Assembleia debate a exportação de peixes ornamentais no Amazonas

Em 1990, o Amazonas exportava mais de 40 milhões de peixes ornamentais, comércio que gerava 16 mil trabalhadores diretos e indiretos e entre 3 e 4 milhões de dólares em exportação. Em 2018, a exportação caiu para menos de 3,2 milhões de peixes, o setor empregava menos de mil trabalhadores e o valor da exportação caiu para um pouco mais de 1 milhão de dólares. Os dados foram mostrados pelo engenheiro de pesca da Secretaria de Produção Rural (Sepror), Radson Alves, em reunião realizada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

O deputado Delegado Péricles (PSL) esteve na reunião e declarou que seu mandato está a disposição de todos os presentes. O secretário executivo adjunto de Pesca de Aquicultura do Amazonas (Sepa-AM), Leocy Cutrim dos Santos Filho, foi o responsável por reunir empresários e representantes de entidades como o Instituto Nacional de Pesquisas (Inpa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Batalhão Ambiental e exportadores de peixe ornamental.

Ao final do encontro que durou cerca de quatro horas, foi decidido que no dia 10 de junho, haverá uma Audiência Pública em Barcelos (a 399 km de Manaus) e outra no dia 17 do mesmo mês, na Aleam. Um workshop será realizado em Manaus, no mês novembro, em local a ser definido.

Lista proibida

“O motivo principal desta reunião é trazer discussão sobre uma cadeia produtiva que estava um pouco esquecida. Já tivemos uma primeira reunião na Secretaria de Pesca, com as empresas e houve várias demandas. Aqui estavam órgãos da pesquisa, da fiscalização, empresas que exportam o peixe ornamental e secretaria como a do planejamento, para que pudéssemos ter uma agenda positiva, ouvir todos e sair com alguns encaminhamentos”, explicou o secretário, que também anunciou para o mês de outubro a volta da Feira Agropecuária.

Durante a reunião, empresários se queixaram da concorrência com os vizinhos Colômbia e Peru, que têm leis mais flexíveis sobre a reprodução em cativeiro e defenderam que novas outras espécies fossem permitidas para exportação. Do contrário, o mercado, que ainda é rentável, pode fechar no Amazonas. Algumas reclamações de empresários têm a concordância do secretário.

“Aqui no Amazonas tem poucos voos que disponibilizam espaço para o peixe ornamental, poucos funcionários para fazer fiscalização. Então você perde recursos, investimentos, divisas. Precisamos ter uma lista do que pode e do que não pode exportar. Uma lista negativa seria o defeso do peixe ornamental”, afirma. Um dos que se manifestaram na reunião foi o professor do Inpa, Janseon Zuanon. Segundo ele, são 2.500 espécies de peixe no Amazonas, podendo chegar a 4 mil. Ele também propõe uma lista, para determinar quais poderão ser exportados ou não.

Fonte: Fato Amazônico


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