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Postado em 6 de janeiro de 2019 | 18:00

Aeroporto-indústria em Confins já tem a primeira empresa engatilhada

Depois de mais de 15 anos no papel, o aeroporto-indústria está mais perto de virar realidade em Minas Gerais. A Prime Holding, que reúne sete indústrias, firmou um memorando de entendimentos com a BH Airport (concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins). O grupo aguarda apenas a definição de como serão as regras de utilização do espaço para se tornar a primeira empresa a assinar contrato de instalação na área destinada para parceiros e obter as vantagens alfandegárias.

Em nota, a BH Airport explica que o aeroporto e a holding vão “desenvolver, em conjunto, os estudos para permitir o escoamento de produtos fabricados pelas empresas a partir do aeroporto”. Na prática, o projeto transforma o terminal em um entreposto aduaneiro, onde empresas, principalmente aquelas que usam insumos importados e produzem bens de alto valor agregado, passam a ter isenção de impostos federais, estaduais e municipais para produzirem mercadorias destinadas à exportação.

O local vai unir a produção e o modal aéreo, facilitando o escoamento. Segundo o consultor da Prime Holding contratado para atuar nas tratativas desse memorando de entendimento, Stefano Rodrigues de Pinho Tavares, a empresa acaba de repassar à concessionária de Confins dados sobre as exportações feitas pelo grupo. Com atuação em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, as empresas criam soluções tecnológicas em saúde, construção civil e segurança.

O objetivo é que a BH Airport possa formatar o projeto com base nas demandas das empresas para que ele se torne atrativo. “Entregamos as planilhas para o aeroporto com as simulações e os comparativos de valores pagos para exportar utilizando portos secos e modal aéreo. Atualmente, fazer o envio pelo aeroporto sai cerca de 30% mais caro do que pelo porto seco de Betim.

Demandas. Nesse processo de troca de informações, a empresa tem apontado possíveis entraves para o negócio, que precisam ser resolvidos antes de o contrato ser firmado. Um deles é a necessidade de digitalizar alguns procedimentos internos. “Em Confins, as notas das mercadorias ainda são passadas manualmente. Para dar agilidade é preciso que seja digital, como já ocorre nos portos secos”, explica o consultor. Uma consultoria foi contratada pela BH Airport para fazer estudo sobre as necessidades da zona aduaneira. A ideia é que tudo esteja em condições adequadas para o fechamento do acordo em 2019.

Inicialmente, a Prime Holding estuda integrar ao aeroporto a produção de apenas duas das empresas. “Não dá para levarmos todas as empresas para lá porque é preciso ter a produção no aeroporto. Mas estamos fechando acordo também para que toda nossa exportação seja escoada por Confins”, afirma Tavares.

História

A legislação mineira já previa a instalação da zona aduaneira no aeroporto desde o início dos anos 2000. A área para abrigar as empresas, de aproximadamente 50 mil metros quadrados, também já está disponível há mais de dez anos. Foi inaugurado, em 2014, um prédio para abrigar o administrativo da Receita Federal, com investimentos de R$ 18,8 milhões. Em julho deste ano, foi concedida a Licença de Operação (LO), e a concessionária começou a prospecção de empresas.

Fonte: O Tempo


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