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Postado em 11 de fevereiro de 2019 | 18:45
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Transporte aquaviário reivindica segurança e integração

Aos poucos, o novo governo começa a revelar suas iniciativas para o transporte. Para não frustrar o setor, o Executivo precisará estar atento às demandas de cada modal. Com problemas muito básicos por resolver, o aquaviário é o mais comedido em suas projeções para 2019. O diagnóstico está na Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018, da CNT (Confederação Nacional do Transporte).

O transporte aquaviário é composto pelos serviços de navegação interior, que utiliza as vias navegáveis interiores, e de navegação marítima, que abrange a navegação em mar aberto. Fundamental para o deslocamento de grandes tonelagens, depende da navegabilidade das águas e da integração com rodovias e ferrovias para o carregamento. Sobretudo na região Norte do país, funciona também como meio de transporte para a população.

Questionados sobre a infraestrutura para a operação, os representantes das Empresas Brasileiras de Navegação (EBN) participantes da sondagem se mostraram insatisfeitos com a quantidade e a qualidade dos portos, vias navegáveis e terminais brasileiros. Em navegação interior, por exemplo, 84% afirmam que a quantidade de vias navegáveis é insuficiente.

“Logística é o primeiro ponto a ser pensado para não se perder o boom do crescimento”, enfatiza Dodô Carvalho, sócio-proprietário da SC Transportes, empresa atuante no Amazonas. Ele acredita que a superação de gargalos depende do investimento público. “Quando o governo fala em entregar para o setor privado toda a infraestrutura, algumas questões preocupam a gente, pois nem tudo, principalmente aqui, na Amazônia, interessa ao setor privado. Então tem que ter a mão do governo, criando as condições necessárias”, pontua.

A sondagem abordou, ainda, a percepção sobre os Terminais de Uso Privado, a frustração quanto ao Sistema Porto sem Papel e a qualidade dos serviços prestados pelos portos de período integral, que operam em regime de 24 horas. Chama a atenção, porém, o aumento dos casos de roubo de carga, sobretudo, de equipamentos eletrônicos.

“Por conta da ação dos piratas da água, já tem muita indústria que não quer mais sua carga transportada nesse modal, apesar do menor tempo para chegar ao destino”, observa Carvalho. “Isso transcende a questão da segurança dos Estados – a gente compreende que os rios da Amazônia são federais. Por isso, a gente clama por uma polícia hidroviária federal, que traga tranquilidade tanto para os passageiros quanto para os donos da carga”, defende o empresário.

Fonte: Agência CNT de Notícias


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