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Postado em 23 de janeiro de 2019 | 17:37

Refinaria no Pecém não é prioridade, afirma Cesar Ribeiro

Em uma nova fase da Assessoria de Assuntos Internacionais, agora vinculada à Casa Civil, o projeto de refinaria para o Estado do Ceará não será “tratado como prioridade” pela Pasta, de acordo com Cesar Ribeiro, que desde o início do ano está à frente da secretaria.

Ele pondera que a proposta se trata de um projeto não só demorado, mas também complexo. A ideia, segundo o secretário, é trabalhar com o processo da refinaria em várias etapas e compreender os prazos necessários para iniciar a implementação do equipamento em prática. Atualmente na mira de empresas chinesas, o projeto da refinaria está em fase de estudos de viabilidade.

“(A Refinaria foi) ‘resetada’. Exatamente isso. Há uma discussão em termos de projeto técnico e é ele que vai definir exatamente o que os chineses estão buscando. Não digo que voltamos à estaca zero, mas nós voltamos à análise de estudo prévio”, explica Cesar Ribeiro. A postura da Pasta em relação ao tema agora é de retomar o projeto, mas “sem gerar grandes expectativas”, segundo o secretário.

Ribeiro avalia que houve um bom planejamento por parte do Governo em relação ao projeto da refinaria, mas observa que “acelerou-se a notícia de algo que ainda estava em fase inicial”.

Roadshow

A China, uma das esperanças para a implementação do equipamento do Estado, continua no radar do Governo. Para além disso, porém, Cesar Ribeiro destaca que países como os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos também entrarão na pauta de negociações em 2019, assim como países do leste europeu.

“Nós já estamos trabalhando para fazer um momento do Ceará nos Emirados Árabes Unidos e, em 2019, levar o Estado para um roadshow lá. Nos Estados Unidos, vemos potencial. Há uma relação logística muito boa que pode ser intensificada pela abertura do Canal do Panamá, a questão do Porto de Roterdã com essas linhas. Então, quanto à logística, o continente americano passa a ser uma grande vitrine para o Ceará”.

Montadora

Sonho antigo do Estado, o titular da Pasta também não descarta a atração de empresas do segmento automotivo para a instalação de uma montadora no Ceará. Em setembro do ano passado, Cesar Ribeiro, na época à frente da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE) – agora comandada pelo ex-titular da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Maia Júnior – e o presidente da Zona de Processamento e Exportação (ZPE Ceará), Mário Lima, trataram do assunto em missão ao Japão e à Coreia do Sul.

“A partir dessa ambiência, a gente vai, sim, buscar de novo uma linha de montagem de uma grande montadora aqui para o Estado, aproveitando a condição do Polo Siderúrgico do Complexo do Pecém”, ressalta o secretário.

Relação com secretarias

De acordo com Cesar Ribeiro, a Pasta agora atuará ainda mais em conjunto com outras secretarias para angariar parcerias e investimentos para projetos em diversas áreas. “Queremos ajudar as secretarias a trazer grandes projetos ligados a essas pastas, como segurança pública, se houver demanda, na área da saúde, infraestrutura. Nós queremos atuar para trazer investimentos e fazer bons negócios. O Ceará vive uma realidade extremamente atrativa para investimentos, com uma situação fiscal muito bem equilibrada e um nível de investimento muito acima da curva”, ressalta Ribeiro.

Governo assina com empresa coreana acordo de parceria

A Assessoria Especial de Assuntos Internacionais entra em 2019 com um acordo de parceria firmado. Apesar de não revelar especificamente do que se trata a empresa, o titular da Pasta, César Ribeiro, detalha que é um negócio de energia renovável. “Nós fizemos uma missão e identificamos uma oportunidade para trazer essa empresa para o Ceará. Eles assinaram um acordo de parceria e esperamos dar continuidade a essa tratativa”, detalha.

César Ribeiro acrescentou ainda que o Ceará conta com importantes atributos que ajudam na hora de divulgar o Estado nas negociações internacionais. “Quando a gente vai para uma mesa de negociação conversar com o investidor estrangeiro, é importante falar não só na questão dos incentivos fiscais, mas na ambiência criada para essas empresas, a nossa referência educacional. Com grandes projetos, atraímos emprego e renda e criamos uma nova realidade para a economia”.

Fonte: Diário do Nordeste


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