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Postado em 6 de fevereiro de 2020 | 20:25

Porto de Santos recebe 4 navios que estiveram na China

O Porto de Santos receberá, nesta quinta-feira (6), quatro navios que estiveram na China em uma de suas últimas cinco escalas. Enquanto isso, trabalhadores avulsos que atuam no cais santista querem utilizar equipamentos de proteção individual para evitar contaminações por coronavírus.

Para isso, pediram uma série de materiais ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). A informação da chegada de navios com passagem por portos chineses foi confirmada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária. Segundo a estatal, por mês, cerca de 140 embarcações que passaram pela China atracam no complexo marítimo para embarques ou desembarques de mercadorias. No ano passado, 1.683 embarcações de origem chinesa ou que passaram pela China atracaram no Porto. Até agora, mais de 28 mil pessoas se contaminaram com coronavírus no país. O número de mortes chegou a 563.

Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, o fato de esses navios terem passado por portos chineses, em alguma das últimas cinco atracações, não faz com que eles representem um risco de contaminação no Porto de Santos.

Segundo Roque, os protocolos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são acionados em dois casos. “O plano entra em ação quando o último porto de passagem é chinês ou quando o comandante relata, na declaração marítima de saúde, sintomas de coronavírus em um dos tripulantes”, destacou. Uma viagem da China a Santos leva, em média, 35 dias. O período de incubação da doença é inferior, de até 14 dias. Por conta disso, há a possibilidade do tripulante sair saudável da Ásia e apresentar sintomas da doença em alto-mar, durante a viagem.

Para evitar riscos de contaminação, a Anvisa traçou um plano para remoção de tripulantes com suspeita de terem contraído o vírus. O planejamento prevê o encaminhamento do paciente a um hospital de referência e a retenção da embarcação.

Temendo os riscos de contaminação, trabalhadores solicitaram equipamentos ao Ogmo.

“Além disso, solicitamos que os materiais descartáveis utilizados pelo trabalhador sejam recolhidos no m do período de trabalho e descartados em locais apropriados. E os que não sejam descartáveis, sejam entregues no início e recolhidos ao m de cada período de trabalho”, destacou o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região (Sindestiva), Rodnei Oliveira da Silva.

Segundo o sindicalista, os equipamentos serão utilizados pelos trabalhadores que forem requisitados para trabalhar em embarcações provenientes das China ou com tripulação chinesa. Na lista de pedidos dos estivadores, estão máscaras de proteção N95, óculos de proteção, luvas descartáveis, calça e blusa, além de proteções descartáveis para botas e capacetes.

Fonte: A Tribuna


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