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Postado em 4 de agosto de 2019 | 17:35

Missão técnica na Argentina busca ampliar atuação conjunta no mercado internacional de vinhos

A consolidação de uma aliança mercadológica entre Brasil e Argentina para atuação conjunta no mercado internacional de vinhos foi discutida durante visita realizada à Federação de Cooperativas Vitivinícolas da Argentina (Fecovita) pelo secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Schwanke, acompanhado de comitiva brasileira formada por representantes de cooperativas agropecuárias, do sistema de Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho).

Segundo Schwanke, as duas federações poderão atuar em conjunto para uma integração comercial sólida. “Estamos estudando e debatendo a construção de uma aliança mercadológica entre os dois países, para caminharmos juntos rumo aos mercados mundiais”, afirma Schwanke. Composta por 29 cooperativas, a Fecovita detém 30% do mercado de vinhos da Argentina e exporta para 30 países.

A visita, realizada na última quarta-feira (31), contou com a presença do presidente da Fecovita, Eduardo Sancho, do secretário de Agricultura Familiar da Argentina, Santiago Hardie, do Superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, do diretor de Cooperativismo e Acesso a Mercados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Marcio Madalena, e do subgerente da Associação de Cooperativas Vitivinícolas Argentinas (Acovi), Nicolas Vicchi, além das cooperativas brasileiras, Aurora, Nova Aliança e Garibaldi.

União Europeia

A comitiva brasileira também participou do Encontro das Cooperativas Agropecuárias do Brasil em Mendoza, quando foi debatida a importância de ações conjuntas entre cooperativas dos dois países, com foco no Acordo da União Europeia.

“O governo brasileiro acredita na integração das cooperativas do Mercosul como caminho para entrar no grande mercado da União Europeia”, disse Schwanke. Ele também destacou a importância do cooperativismo como um dos melhores caminhos para garantir assistência técnica adequada aos pequenos produtores rurais.

O secretário de Agricultura Familiar da Argentina, Santiago Hardie, disse estar trabalhando em uma agenda conjunta para melhorar o cooperativismo de pequenos produtores do Brasil e da Argentina.

As atividades acontecem no âmbito da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul, que está sob a presidência pro tempore do Brasil, e são resultado de convite feito pelo Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social (Inaes) e pela Confederação Nacional Intercooperativa (Coninagro).

De acordo com o superintende da OCB, a missão técnica é uma oportunidade para trocar experiências sobre o setor e ampliar a relação comercial entre os dois países. “Os brasileiros já estão dialogando com os hermanos sobre a possiblidade de negociação entre as cooperativas. Além de negócios bilaterais, a ideia também é aproveitar as oportunidades advindas do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul”, explica Renato Nobile.

Produção Brasileira

Dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) apontam que, atualmente, a área de produção vitivinícola no Brasil soma 82 mil hectares. São mais de 1,1 mil vinícolas espalhadas pelo país, a maioria instalada em pequenas propriedades (média de 2 hectares de vinhedos por família). O país se consolidou como o quinto maior produtor da bebida no Hemisfério Sul, visto como um dos mercados que cresce mais rapidamente.

Em 2017, as cooperativas comercializaram 34,26% de todos os produtos envasados pelo setor vitivinícola brasileiro. Na safra 2018, as cooperativas processaram 22,67% do total de uvas produzidas no país.

Segundo a Fecovinho, as cinco cooperativas filiadas reúnem 4,1 mil cooperados e geram cerca de 1,2 mil empregos, diretos e indiretos. Em 2017, o faturamento delas foi de R$ 909 milhões.

Fonte: MAPA


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