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Postado em 11 de dezembro de 2019 | 20:04

Guedes quer acelerar privatização do Serpro por erro em exportação

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não esconde o inconformismo diante dos erros cometidos pelo Serpro nos registros de informações de exportações, que mancharam a imagem do país. No que depender do ministro, a estatal de processamento de dados do governo federal terá seu processo de privatização acelerado.

Guedes teve uma reunião duríssima com representantes do Serpro. Ele cobrou enfaticamente explicações para os erros que levaram os críticos a dizerem que o governo estava usando contabilidade criativa para inflacionar os dados de exportação e, por tabela, melhorar o saldo na balança comercial.

As correções ocorreram num momento de estresse do mercado, quando o dólar estava apontando para cima. Sem grandes explicações, para tentar acalmar os ânimos, o governo informou que os registros de exportações haviam subestimado valores. Entre outubro e novembro, foram “descobertos” mais de US$ 7 bilhões em exportações.

Dataprev

Em alto e bom som, o ministro da Economia disse que suspeitava de má-fé de pessoas do Serpro. Mas representantes da empresa apresentaram a Guedes documentos assegurando que as falhas foram técnicas, sem nenhuma intenção de prejudicar a imagem do governo.

Diante das explicações, o ministro baixou um pouco a guarda, mas orientou assessores a pisarem no acelerador da privatização do Serpro, que processa as principais informações do Executivo, inclusive todos os registros da Receita Federal. Toda Esplanada dos Ministérios sabe que o Serpro está sucateado por falta de investimentos.

Além do Serpro, o Ministério da Economia também pretende vender o controle da Dataprev, que processa da folha de pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Técnicos da equipe econômica dizem que a defasagem tecnológica nas duas empresas é grande.

Resta saber se o Ministério da Economia realmente terá força para levar à frente o programa de privatização. Até agora, as corporações estão vencendo o debate. O governo já falou em arrecadar R$ 1 trilhão com a venda de estatais. Agora, as previsões mais otimistas falam em R$ 300 bilhões.

Fonte: Correio Braziliense


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