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Postado em 12 de maio de 2020 | 17:06

Exportações do agronegócio brasileiro crescem em 2020

Balança comercial do país ainda é favorável em 2020, mas Brasil deve facilitar trâmites para ampliar as vendas no exterior

O Brasil parece ter encontrado uma luz no fim do túnel. Apesar de a economia nacional ter sido abalada pela pandemia do novo Coronavírus, a participação do agronegócio nas exportações passou de 18,7% nos três primeiros meses de 2019 para 22,9% no mesmo período de 2020.

O saldo da balança comercial do segmento é amplamente positivo. As saídas somaram US$ 21,4 bilhões, enquanto as entradas foram de US$ 3,6 bilhões. A China e a União Europeia são os destinos de 50,92% das exportações brasileiras do agronegócio. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Entre os produtos que tiveram aumento significativo nas vendas para outros países estão o algodão em bruto (+ 69,5%, de US$ 659,2 milhões para US$ 1.117,6 milhões), a soja (+ 29,9%, de US$ 8.968,3 milhões para US$ 11.653,7 milhões) e a madeira em bruto (+ 28,9%, de US$ 26,1 milhões para US$ 33,6 milhões).

No Informe Conjuntural divulgado nesta semana (dia 11/5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a projeção é de que o Brasil venderá ao exterior US$ 205 bilhões em 2020, contra importações de US$ 169 bilhões – o que dá um saldo comercial de R$ US$ 36 bilhões.

“O momento pede que o setor se profissionalize ainda mais, que haja habilitação de novas empresas para exportações, busca de incentivos fiscais, estruturação de operações e revisão dos contratos”, fala o advogado especialista em Direito Empresarial e Internacional, Arthur Achiles de Souza Correa.

Mais competitividade

Levantamento do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostra que até abril de 2020 as exportações brasileiras totalizam US$ 67,833 bilhões e as importações, US$ 55,569 bilhões, saldo positivo de US$ 12,264 bilhões. A diferença poderia ser ainda maior, não fosse alguns entraves históricos que dificultam a vida de quem deseja despachar mercadorias para outros países.

“O agente exportador precisa ter mais profissionalismo, conhecer e gerenciar o processo de internacionalização. Já o Brasil precisa ser mais competitivo, diminuir a enorme quantidade de regulamentações e a demora na verificação de documentos, melhorar suas políticas cambiais e diminuir os custos financeiros elevados no mercado”, enfatiza Correa – que foi membro da Câmara Britânica de Comércio entre 2008 e 2019 e atua em direito do comércio exterior e internacional há 18 anos.

Outros empecilhos que dificultam a vida das empresas brasileiras na hora de exportar – de acordo com a CNI – envolvem o sistema tributário, a infraestrutura de transporte e logística, poucos financiamentos disponíveis, adequação do produto para atender às demandas dos compradores, escala de produção e mão de obra qualificada.

“Mesmo com todas essas dificuldades, os resultados ainda são positivos. Imagina então se conseguirmos aumentar a competitividade interna, diminuir o Custo Brasil e ter mais profissionalismo em todos os elos dessa cadeia?”, finaliza Correa.

Fonte: Mem & Mem Comunicação
Arthur Achiles de Souza Correa é advogado, especialista em Direito Empresarial e Internacional


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