-->
Home | Highlights | Estaleiros coreanos voltam o foco para navios de alto valor
Postado em 25 de outubro de 2021 | 17:02

Estaleiros coreanos voltam o foco para navios de alto valor

Os estaleiros sul-coreanos, com a carteira de encomendas repleta, estão voltando seu foco para navios de alto valor e ecologicamente corretos. A estimativa é de que a indústria deverá desfrutar de uma carteira de pedidos até 2030.

Os preços dos novos contratos de navios feitos a estaleiros sul-coreanos, liderados pela Hyundai Heavy Industries, foram em média de US$ 170 milhões no mês passado, quase três vezes mais do que os US$ 60 milhões dos estaleiros chineses durante o mesmo período.

Os preços da construção naval devem manter a tendência de alta, impulsionados pelos pedidos de navios porta-contêineres e embarcações ecologicamente corretas em meio à expansão da indústria naval. A crescente demanda por transporte de petróleo e gás provavelmente manterá os estaleiros ocupados também nos próximos anos.

O aumento nos preços dos novos navios deve sustentar a lucratividade dos estaleiros sul-coreanoa nos próximos anos, superando os US$ 2,5 bilhões em perdas no primeiro semestre relatadas pelos três grandes estaleiros do país.

Os três grandes estaleiros — Korea Shipbuilding & Offshore Engineering (KSOE), Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering e Samsung Heavy Industries — garantiram encomendas suficientes para manter as operações até o primeiro semestre de 2024. A KSOE é a controladora da Hyundai Heavy, a maior construtora de navios do mundo.

A escassez de estaleiros, desencadeada pela reestruturação de toda a indústria nos últimos anos, puxou os preços dos navios ainda mais para cima.

Um índice global de preços médios em navios recém-construídos subiu 19% desde o início do ano, atingindo o máximo em 12 anos na semana passada, de acordo com a consultoria Clarkson Research Service.

Com os três grandes estaleiros mais seletivos para novas encomendas, em setembro eles obtiveram proporcionalmente menos 28% em contratos em comparação ao total global, contra a média de 42% de janeiro a agosto.

 

 

 

Fonte: Portos e Navios


119 queries in 3,116 seconds