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Postado em 14 de agosto de 2019 | 18:39

Deputados veem exportação ameaçada com ataque de Bolsonaro à Alemanha

Os deputados Marcelo Ramos (PL) e NIlto tatto (PT-SP) dizem que o país pode ser prejudicado na sua pauta de exportação após as declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o Fundo Amazônia, programa de preservação ambiental e de desenvolvimento sustentável da região.

Bolsonaro foi ríspido com a ministra alemã do Meio Ambiente, Svena Schulze, que anunciou o congelamento da doação de R$ 155 milhões feita pelo seu país ao Fundo por causa do crescimento do desmatamento.

O Inpe alertou que a destruição em junho cresceu 88% e em julho 278% em comparação com iguais períodos de 2018. “Ela [Alemanha] não vai mais comprar a Amazônia, vai deixar de comprar a prestações a Amazônia. Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso”, disse o presidente.

A ministra disse nesta segunda-feira, dia 12, que as declarações de Bolsonaro mostram que a Alemanha está fazendo o certo. “Apoiamos a região amazônica para que haja muito menos desmatamento. Se o presidente não quer isso no momento, então precisamos conversar. Eu não posso simplesmente ficar dando dinheiro enquanto continuam desmatando”, armou, dizendo-se aberta ao diálogo.

Impacto

Segundo Marcelo Ramos, o mais preocupante é que o governo diz que não quer os recursos dos organismos internacionais, mas não apresenta nenhum plano de investimento e governança para proteger a Amazônia. “Isso já começar a ter impacto nas exportações brasileiras, tanto que o próprio agronegócio tem pedido mais moderação do governo com as questões ambientais. Ninguém no mundo compra produtos agropecuários de quem desmata”, argumentou.

O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados, Nilto Tatto (PT-SP), diz que a política de Bolsonaro para o meio ambiente afunda a imagem do Brasil. “A destruição da Amazônia vira preocupação internacional e ameaça as exportações do País”, alerta o parlamentar.

“Bolsonaro conseguiu o que queria: provocou a retirada de apoio financeiro à proteção da Amazônia. E ele seguirá neste passo, com Salles (ministro Ricardo, do Meio Ambiente) no comando. O argumento da soberania não pode ser usado para enfraquecer o combate ao desmatamento”, criticou Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados.

Fonte: BNC Amazonas


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