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Postado em 10 de abril de 2019 | 18:53

Com escritório em Xangai, São Paulo quer se abrir para o mundo

“São Paulo quer se abrir para o mundo”. A afirmação foi feita pelo secretário de Relações Internacionais do governo do estado, Júlio Serson, ao informar que o governador João Doria visitará a China de 3 a 10 de agosto para a abertura do Escritório Comercial de São Paulo em Xangai e para uma missão que tem entre outros objetivos a atração de investimentos e apresentação do Plano de Desestatização do Estado, que incluí privatizações, concessões, parcerias público-privadas para rodovias, portos, e programas de desenvolvimento agrícola.
O secretário não deixou dúvida de que, no futuro, outros escritórios poderão ser criados não apenas na China, mas também em outros países.

Segundo Julio Serson, “a iniciativa para inauguração do Escritório Comercial em Xangai é inédita e temos certeza de que trará oportunidades importantes para ampliar os investimentos no estado. O governador João Doria entende a importância de nos aproximarmos da China, um dos mercados mais dinâmicos do mundo e um dos principais parceiros comerciais de São Paulo”.

Em entrevista ao portal Comex do brasil, por email, o secretário Julio Serson afirmou que “o objetivo é termos escritórios comerciais em outras cidades chinesas, visto a importância do país, mas ainda não existe um cronograma e nada iniciado neste sentido. Por ora, vamos focar nessa ação pioneira que vamos trabalhar para que seja um modelo importante até para a implementação de outros escritórios. Mas esse não é o objetivo principal. Precisávamos dar o primeiro passo e foi o que fizemos”.

O secretário citou declaração do governador Doria, ao anunciar a criação do Escritório em Xangai: “não damos prioridade para ninguém; damos oportunidade. São Paulo tem um leque bastante diversificado de opções de investimento e isso precisa ser conhecido e é exatamente com essa mentalidade que trabalhamos”.

Grande “player” do comércio internacional

O projeto do governador João Doria em matéria de comércio exterior tem, entre outros objetivos, fazer do estado um “player” relevante no comércio internacional, conforme destacou Julio Serson: “queremos mostrar essa oportunidades para os Brics, mas também para os mercados dos Estados Unidos, União Europeia, Mercosul. Importar, exportar, transacionar, é isso que queremos. As nações mais ricas ao longo dos tempos são aquelas que entenderam a lógica de intenso comércio, que nos interessa fortemente. Estamos vivendo uma nova etapa de governança e se o modelo de escritório comercial em Xangar se provar funamental para o estado, aí sim, essa ação será estendida para outras cidades do mundo”.

Na avaliação do secretário Julio Serson, o governador João Doria foi eleito, entre outros motivos, para “modernizar o estado, fazer política externa como ferramenta de política econômica, visar o benefício da população paulista. Queremos nos tornar referência, conquistar a confiança do mundo em múltiplas áreas. Se o governo federal tem essa mesma visão, minha avaliação é que eles estão no caminho certo”.

O Escritório e a Apex-Brasil

Julio Serson descarta a possibilidade de conflito de interesse ou de superposição de ações entre o futuro escritório em Xangai e a Agência de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), que tem um escritório de comercial em Pequim. Segundo ele, “o Escritório Comercial em Xangai vai tratar dos assuntos exclusivos do estado de São Paulo, uma ação que chega para somar, não dividir”.

Ele também rejeitou, enfaticamente, a possibilidade de a criação do escritório na capital dos negócios da China possa ser interpretada como prova de insatisfação com o trabalho realizado pela Apex-Brasil: “a criação do escritório de São Paulo em Xangai não dá margem para interpretações. Temos um Plano de Desestatização importante, a China é um parceiro importante. Queremos nos aproximar e estreitar essa ligação. Acreditamos que podemos conquistar investidores para o estado. Esses investimentos vão melhorar a qualidade de nossos serviços e gerar emprego e renda para nossa população, esse é o foco”.

Fonte: AgroNews Brasil/Comex do Brasil


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